Como acontece anualmente, o Ministério da Saúde iniciou na segunda-feira (7) a campanha nacional de imunização contra a gripe, voltada para grupos mais vulneráveis.
Entre os grupos prioritários estão crianças, gestantes e idosos acima de 60 anos, que têm direito à vacinação gratuita no Sistema Único de Saúde (SUS). Já quem não faz parte do público-alvo, pode se imunizar nas clínicas particulares.
1. Qual é a vacina contra a gripe oferecida neste ano pelo SUS?
A vacina oferecida no SUS é um imunizante trivalente atualizado para as cepas que devem circular neste inverno: dois tipos de influenza A (H1N1 e H3N2) e um de influenza B.
2. Qual da diferença da vacina das clínicas particulares para a do SUS?
A grande diferença entre a vacina das clínicas particulares para a vacina do SUS é o público-alvo. Enquanto na rede pública somente os grupos prioritários podem receber o imunizante, na rede privada a vacina é universal – isto é, independentemente da idade ou se tem ou não algum fato de risco, a pessoa pode tomar a vacina.
Além disso, diferentemente da vacina do SUS, o imunizante da rede particular é quadrivalente (protege contra duas linhagens da influenza B).
Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), explica que, há alguns anos, essa cobertura extra representava cerca de 20% a mais de proteção, mas o cenário mudou.
“Desde a pandemia, curiosamente, houve o desaparecimento de uma das linhagens B. Portanto, se você toma a trivalente ou a quadrivalente não faz mais diferença em termos de proteção”, explica o infectologista.
3. Quanto custa, em média, a vacina nas clínicas particulares?
Nas clínicas particulares a vacina custa entre R$ 100 e R$ 120, em média.
4. A vacina contra a gripe protege contra o H1N1 e outras variantes?
Sim! A vacina contra influenza de 2025 protege contra as seguintes cepas: H1N1, H3N2 e B. São as variantes previstas para circularem no inverno deste ano.
5. Vacina contra a gripe dá gripe?
Não! Isso porque a vacina é feita com fragmentos do vírus morto, apenas suficiente para induzir a uma resposta imune.
“Nosso organismo reconhece como algo diferente, como um vírus, e passa a produzir anticorpos de defesa para quando, de fato, nós encontramos o vírus natural, a gente já tenha construído nossa resposta imune e evite o adoecimento”, detalha.
6. Se tomei a vacina no ano passado, preciso de outra este ano?
Sim! Como o vírus muda todos os anos, a vacina tem que ser renovada anualmente.
Além disso, a proteção conferida por essa imunizante é de cerca de seis meses, ou seja, a vacinação em um ano não é capaz de proteger da temporada de gripe do ano seguinte, mesmo que o vírus não se modificasse.
O Ministério da Saúde determina um público-alvo para proteger as pessoas mais vulneráveis ao vírus, além de profissionais de saúde e educação, para auxiliar a diminuir a transmissão.
Os grupos de risco são justamente os que tem o maior risco de desenvolver a forma grave da influenza e por isso devem ser protegidos de maneira prioritária.
8. Quem não está no grupo prioritário pode tomar a vacina? Vale a pena pagar?
Vale, já que a vacina é eficaz em todas as idades e protege contra as formas mais graves da doença.
“Não ficar doente e não transmitir é sempre muito bom. É desejável que todos pudessem se vacinar e que haja vacina disponível para todos”, recomenta Kfouri.
9. Crianças pequenas e gestantes podem tomar a vacina contra a gripe?
Sim, devem! As crianças de 6 meses a menos de 6 anos e as gestantes fazem parte do público-alvo da vacinação contra a gripe. Esses grupos estão entre os mais vulneráveis ao vírus.
O imunizante é contraindicado para crianças menores de 6 meses de idade.
10. A vacina contra a gripe pode ser tomada junto com outras vacinas?
Sim! A vacina contra a influenza pode ser tomada junto com outros imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação.
11. Quais os possíveis efeitos colaterais da vacina contra a gripe?
A vacina é extremamente segura, então os efeitos colaterais mais comuns são:
- Reação local
- Dor
- Febre
- Mal-estar
De acordo com o infectologista, as reações acontecem em cerca de 20% dos vacinados.
12. Tomei a vacina e fiquei gripado depois. A vacina falhou?
Existem casos de pessoas que tomam a vacina e mesmo assim adoecem, já que nenhuma vacina é 100% eficaz – ela reduz o risco das formas graves da doença.
“Mas muita gente faz confusão. Ficou doente não porque pegou realmente gripe, mas porque é um resfriado, sinusite […] nem toda doença respiratória é gripe”, alerta Kfouri.
Além disso, as pessoas às vezes tomam a vacina da gripe no meio da temporada de circulação do vírus, o que pode reduzir o efeito do imunizante. A vacina leva ao menos 15 dias para fazer efeito.
Você pode gostar
Rei Charles homenageia vítimas de acidente aéreo da Air India em desfile militar
PF prorroga prazo de inscrição para concurso com 1 mil vagas e salários de até R$ 26,8 mil
Dois homens são presos por roubar privada de ouro de quase R$36 milhões
Laura Sabino: quem é a influencer que denunciou o irmão por tentativa de feminicídio
Número de mortos em desastre aéreo da Air India sobe para 279, diz agência